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A Hidra e suas cabeças: análise de quatro representações sobre a universidade

O artigo relaciona as facetas de uma instituição de ensino superior com a mitologia grega, utilizando o conto da Hidra.

O coordenador de aprendizagem da Faculdade CMB, Dr. Ricardo Cortez, achou interessante como a metáfora da Hidra, uma serpente com diversas cabeças, poderia ser relacionada à variabilidade interna de uma universidade. “Eu percebi que dentro da própria gestão havia umas ideias muito destoantes, são ideias concretizadas em pessoas. Então, lembrei da metáfora da hidra porque a situação é a mesma: múltiplas cabeças dentro de um mesmo corpo”, explica Cortez.

O Doutor e Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul diz que sua inspiração para o artigo foi o grande criador da psicanálise, o psiquiatra Freud. “Eu me inspirei em Freud, que já fazia isso, por exemplo, com o complexo de Édipo”, contou o coordenador.

O artigo

Na pesquisa, Cortez explica que o objetivo principal é apresentar as representações sociais morais de como a universidade, como instituição, deve ser concebida por diferentes atores, o que reverbera na gestão universitária.  O autor escolheu quatro conceitos morais para representar as cabeças da hidra: a escolar, a republicana, a democrática e a utilitária.

O Doutor explica que essas concepções estão simultaneamente interagindo, e apenas vamos apontar sua origem histórica para enriquecer o debate ao mostrar os efeitos de uma delas se tornar prevalente sobre as demais em diferentes momentos. “Daí a nossa analogia com a serpente Hidra, ser mitológico grego: são várias cabeças do mesmo animal e, mesmo que uma delas seja decepada, não quer dizer que o animal em si deixe de existir, pois uma nova cabeça vai crescer imediatamente e substituir a anterior. Da mesma maneira são as concepções sobre a universidade: mesmo que uma delas tente calar as outras, sempre haverá atores que vão defender essas ideias e elas vão permanecer em um jogo de forças bastante intrigante para os cientistas sociais”, descreve Cortez no artigo.

O artigo é encerrado explicando melhor a questão da Hidra enquanto metáfora válida para simbolizar o fenômeno estudado. Confira o artigo completo aqui.

Conheça mais o autor

Ricardo Cortez Lopes é Doutor e Mestre em Sociologia e é licenciado em Ciências Sociais, todos os títulos obtidos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Do ponto de vista profissional, já atuou em ensino médio técnico (no Instituto Federal Rio Grandense de Gravataí) e no Ensino Superior (no polo da Universidade Aberta do Brasil de Sapucaia do Sul), além de cursos preparatórios e na produção de conteúdo educacional em nível de pós-graduação. Como pesquisador, escreveu, até o momento, 48 artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, 3 livros e doze capítulos de livro. Seus temas são modernidade, representações sociais, educação e ensino de sociologia. Possui pesquisas com diversas naturezas, desde estudos qualitativos, quantitativos e até mistos, além de já ter utilizado métodos como etnografia, entrevistas, questionários, entre outros .Atualmente, é o coordenador de aprendizagem da Faculdade CMB.

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